Como parte das atividades do IV Fórum Estadual
de Museus, participei de uma visita guiada, no dia 24 de maio de 2013, ao Museu
do Ceará. Já conhecia o referido museu, mas esta visita teve um sabor diferente,
pois mergulhei em sua história.
O Museu do Ceará, situado na Rua São Paulo, 51, no
centro de Fortaleza, é o mais importante museu do Estado. Criado, em 1932, pelo governador Roberto
Carneiro de Mendonça, juntamente com o Arquivo Público do Estado, funcionou,
inicialmente, na rua
24 de Maio, nº 238. Em 1934, o Arquivo e o Museu foram
transferidos para a Avenida Alberto Nepomuceno, nº 332, em frente à Praça da
Sé. Em 1951, o Arquivo foi para o térreo do Palacete Senador Alencar, onde funcionava a
Assembleia Legislativa, e o Museu se manteve no edifício da Praça da Sé, até
1957.
No local
onde o museu estava instalado, o Governo Paulo Sarasate resolveu construir o Fórum
Clóvis Bevilaqua, transferindo-o para a Avenida Visconde do Cauype, nº
2341. Lá ficou até 1967, quando a Universidade Federal do Ceará solicitou a
edificação para ampliar as dependências da Faculdade de Economia, prometendo um
prédio na Rua Barão do Rio Branco, nº. 410 (hoje sede do Instituto Histórico).
O
Museu ainda foi deslocado mais duas vezes: em 1971, para a Avenida
Barão de Studart, nº 410 (onde atualmente está o Museu da Imagem e do Som); e,
em 1990, para o atual local, na rua São Paulo.
O prédio, que hoje o abriga, Palacete Senador Alencar, foi construido, entre 1855 e 1871, para ser a Assembleia Provincial. Posteriormente, o edifício sediou o Liceu do
Ceará, o Fórum, a Faculdade de Direito, o Tribunal Regional Eleitoral, o
Instituto do Ceará, a Biblioteca Pública e a Academia Cearense de Letras. Em 1973, foi tombado, pelo IPHAN, como Monumento Nacional. Em 1990, foi
restaurado e passou a ser sede do atual Museu do Ceará. Foi reinaugurado, em 25
de março de 1998, quando da comemoração dos 144 anos da abolição da escravatura
no Ceará.
A coleção do Museu do Ceará teve origem no primeiro
museu que surgiu entre nós, criado, em 1873, pelo médico Joaquim Antônio Alves que reuniu objetos e
fragmentos da natureza. Em 1967, o Museu do Ceará passou a ser vinculado à
Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT). Em 2001, foi
criada a Sala Paulo Freire, que sedia palestras, cursos e seminários. Em
2002, foi aberto o Memorial Frei Tito. O Museu do Ceará possui reserva técnica,
sala do núcleo educativo, sala da administração e biblioteca. Tem, ainda, em sua
coleção um acervo plumário que também foi tombado pelo IPHAN.
A atual diretora
do Museu é Cristina Rodrigues Holanda que, também, gerencia o Sistema Estadual
de Museus do Ceará (SEM-CE).
Fontes:
Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg
Fortaleza, 27 de maio de 2013
Bode Ioiô - empalhado - Acervo do Museu do Ceará |
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