Rua 7
Tão crua, tão nua, tão rua!
Comprida, descida, doída,
Entre uma casa e outra,
A de meus pais
E a que virou Museu!
Compondo o extenso estirão,
Partindo do início do Céu,
Ao extremo chão!
Palco das mais doces Recordações!
Tela das mais belas Projeções!
Alento de indizíveis emoções!
Início de tépidas paixões!
Encontro de corações!
Brincadeiras de roda,
Três, três passarás,
Apareceu a Margarida, olê olê olá!
É manjou, Monte Branco! Passa anel!
Garbosamente, dividida ao meio,
Repartias com canteiros de fixo benjamim
A bela cidade-jardim!
Há quanto tempo!... E ainda desabrocha
em ti, o fervor da promessa!
Te reverbera, o ardor da alegria
E ainda, transpiras olor de saudade!
E inspiras amor e amizade!
Coroada que foste pela Igrejinha
De Nossa Senhora do Rosário,
Hoje, quem a demoliria?
Calçada pela Praça de Sta Luzia
Rua 7, só te lembro como minha!
Agências Bancárias.
Cafés, sorveterias, Lojas e Bilhares,
Tomam ar de festa,
Quando do garrular de estudantes,
Enchendo de risos, e mais,
O belo o desaguar
Daquele Rio de paz!
Rua em que vivi com tanto ardor!
Rua da minha infância e adolescência!
Trazes o clamor da saudade em sua essência!
Rua, que em mim desabrochou,
Os primeiros eflúvios do amor!
Talento Puro!
ResponderExcluirObrigada!
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