sábado, 30 de outubro de 2021

RESGATANDO JORNAL "A VERDADE" DE 14 DE FEVEREIRO DE 1937

 


Este fato, noticiado no Jornal "A Verdade" e descrito abaixo por Miguel Edgy Távora Arruda, em 1991, (depoimento oral), foi publicado no Livro "RELEMBRANÇAS - lampejos de minha memória" (2019), organizado por ana margarida furtado arruda rosemberg.

"No ano de 1937, por ocasião do carnaval, a cidade encheu-se de boatos que iria haver uma grande perturbação da ordem. Meu tio foi a Fortaleza, falou ao governador Menezes Pimentel qual era a situação da cidade e o governador resolveu nomear um delegado especial para o período dos festejos carnavalescos.

Baturité tinha como delegado de polícia um sargento da força pública que era um homem, de inteira confiança do meu tio, chamado Sargento Sebastião. Mas, como ele era apenas sargento o governador achou por bem indicar um delegado especial e nomeou um tenente da polícia que aqui veio, nas vésperas do carnaval, e se hospedou na pensão do Sr. Félix Franco.

Os três dias de carnaval decorreram pacificamente, mas o golpe foi dado na noite da terça feira de carnaval para amanhecer a Quarta-Feira de Cinzas. O golpe foi dado da maneira que só podia sair das cabeças desses elementos que eram mesmo maquiavélicos.

Um grupo de pessoas formou uma espécie de serenata e às 2:30h da manhã elas saíram e foram à casa do Sargento Sebastião e começaram a cantar à porta da casa, letras difamatórias adaptadas em músicas carnavalescas.

O Sargento Sebastião acordou e, inteligentemente, saiu de sua casa pelos fundos e foi acordar os soldados do destacamento policial. Depois de armá-los na delegacia, os levou até a pensão do Senhor Félix Franco e acordou o delegado especial tenente da polícia, Tenente Martinho Rodrigues. Isto levou algum tempo...

Enquanto isto, o grupo desceu a Avenida Proença, penetrou nos jardins da casa do meu tio (o vaticano) e foi cantar as suas músicas com suas letras difamatórias e difamantes na porta da casa, dentro do jardim que ficava fronteiro a casa. O meu tio que era um homem de paz e de harmonia e a família ouviu tudo aquilo sem nenhuma reação.

De lá, o grupo desceu pela 7 de Setembro e veio à casa de meu pai. Exatamente em frente a esta casa, onde me encontro agora, neste instante, eles começaram a cantar em frente à primeira janela que daqui eu estou vendo. Eu, que dormia no terceiro quarto da casa, acordei (eram 3 horas da manhã) com aquela música, com aquela cantoria que me dava impressão de uma serenata. Mas, apurando o ouvido comecei a verificar que a letra...  

 Como ia dizendo na primeira parte, no primeiro lado desta fita, comecei a perceber que as letras das músicas que eu ouvia eram todas elas de calunias e de infâmias assacadas contra o meu tio Ananias e contra o meu pai. 

Imediatamente, já desperto, gritei para a minha mãe: “Mamãe está ouvindo isto?” Ela gritou e disse: “Estou, sim”. Aí, eu grito pra ela: “Vamos abrir a janela?” E ela respondeu incontinente, com aquela coragem que lhe era peculiar. “Vamos”.

Eu corro do meu quarto, atravesso o quarto das minhas irmãs, atravesso o quarto dos meus pais, atravesso a sala de visitas e escancaro a janela, sempre com minha mãe ao meu lado. Ao abrir a janela o grupo tomou um susto, talvez pensando que ia sair, através da janela, uma resposta violenta, talvez até tiros, mas nós estávamos desarmados. A única arma que nós tínhamos era a palavra e, de peito aberto, eu e minha mãe os interrogamos. O que eles queriam? Eram uns canalhas que vinham na calada da noite acordar uma família, como a nossa, que dormia sem nenhuma defesa e sem nenhuma proteção. Então, iniciou-se uma discussão.

Eu procurei ver quem eram as pessoas que ali estavam. O primeiro que eu percebi foi o Dr. Edmundo Vitoriano que procurou se disfarçar chegando um pouquinho pra trás e ficando no vão do portão lateral da casa. Verifiquei também que fazia parte do grupo o tenente do exército Erialdo Dutra Ramos, filho do chefe político Dr. João Ramos que era adversário do tio Ananias.

Esse tenente do exército estava em casa, devolvido pelo exército que tinha constatado que ele sofria das faculdades mentais e o tinha mandado pra casa, pra se recuperar. O seu fim foi trágico porque, anos depois, ele pegou um revólver, de seu cunhado Saraiva Xavier casado com sua irmã, e detonou um tiro na própria cabeça, suicidando-se.

Outro elemento que estava presente era o coletor estadual de Baturité, com o seu filho que era um rapazinho muito atrevido. O coletor de Baturité era conhecido e era um homem que, embora ocupando um cargo de confiança do governo, fazia oposição aberta ao tio Ananias, que na sua tolerância, não tinha ainda se queixado dele ao governador do Ceará.

O seu filho, mais ou menos da minha idade, que era o mais atrevido, iniciou uma discussão violenta comigo e interessante, ele me convidava pra pular pra fora da casa, que ele ia medir forças comigo. Eu respondi imediatamente: “Não, eu não vou pular pra fora, não, pule pra dentro, pule pra dentro que aí eu meço forças com você”. Mas ele não tinha coragem de pular pra dentro.

Enquanto isto estava acontecendo, meu pai, penosamente, se levantou e se dirigiu ao quarto, do lado da sala, onde estava guardado o cofre do banco e sem luz elétrica (pois naquele tempo uma hora dessas não havia mais luz elétrica) à luz de velas procurou abri-lo formando o segredo da porta pra tirar o revólver que estava trancado no cofre com uma caixa de balas, também do lado, e não conseguia, naquela afobação, abrir o cofre.

A minha tia avó Elisa correu de seu quarto, em trajes de dormir, e gritava pra mim e pra minha mãe que acabássemos com aquela discussão, acabássemos com aquilo, fechássemos a janela porque ela tinha medo de que saísse ali uma desgraça.

Até que esses homens, naturalmente achando que não valia mais a pena continuar aquela discussão, em que veio a tona até casos outros envolvendo a minha tia Adelina e o joalheiro de Fortaleza que não tinha muita fama de honestidade, resolveram ir embora.

Nós fechamos a janela e resolvemos ir dormir sem saber o que estava ocorrendo. Acontece que o Sargento Sebastião que tinha tomado a providência de sair de casa, ido acordar os soldados do destacamento policial, passado pela delegacia para armá-los, ido à pensão do Félix acordar o delegado de polícia (delegado extraordinário, especial), desceu em grupo a rua 7 em procura dos meliantes e foram encontra-los no bar do Miguel Filho, em volta de uma mesa, bebendo e, naturalmente, festejando o grande feito que tinham praticado. Imediatamente eles receberam ordem de prisão do tenente e do sargento e como se esboçou uma certa reação, o tenente revistou todos eles, tomou o revólver que estava em poder do Dr. Edmundo Vitoriano e os levou para a delegacia onde eles permaneceram até cinco horas da tarde, cinco horas da manhã, digo.  O dia ia nascer e o tenente achou que nessa altura podia relaxar a prisão e imediatamente passou um telegrama para o chefe de polícia.

Tio Ananias também saiu muito cedo de casa, foi ao telégrafo e passou quatro telegramas. O primeiro para o Governador Menezes Pimentel, o segundo para o Secretário de Polícia que se chamava, naquele tempo, Chefe de Polícia, que era o Capitão Cordeiro Neto, o terceiro para o Dr. José Martins Rodrigues que era o Secretário de Estado do Interior e Justiça e o quarto para o Dr. Plácido Castelo, que era o Secretário da Fazenda. 

Esses telegramas foram passados com taxa de urgente e logo que chegaram à Fortaleza, o Governador Menezes Pimentel providenciou, imediatamente, a vinda pessoal do Capitão Cordeiro Neto (Secretário de Polícia e Segurança Pública, que naquele tempo se chamava de Chefe de Polícia), à Baturité. Poucas horas depois chegava o próprio Chefe de Polícia a Baturité com dois delegados de polícia, escrivão e toda a comitiva e foram para a delegacia, onde convocou todos esses elementos para depor e mais algumas testemunhas que tivessem presenciado o acontecimento.

Aí, ocorreu um caso até interessante. Morava perto da nossa casa uma senhora que tinha o nome de Edvirges Caminhão. Ela acordou e abriu a janela. Foi a única pessoa que ouviu o que estava ocorrendo na casa do meu pai e ficou de lá, ouvindo. Só que ela baralhou tudo o que ouvia e no depoimento foi dizer que tinha ouvido eu dizer, de dentro de casa, que ia atirar nos agressores. Nada, eu não dizia que ia atirar coisa nenhuma, mesmo porque eu não tinha revólver. O revólver estava dentro do cofre e o meu pai não conseguia abri-lo.

Isto aconteceu em 1937 e foi uma sensação na cidade a reação imediata do governador, das altas autoridades do Estado, em apoio moral e material ao tio Ananias, injustamente injuriado e atacado na calada da noite, em sua residência; ao meu pai, que além de ser uma pessoa de bem, na ocasião era vereador e secretário da Câmara Municipal e nós ficamos deveras confortados com esse episódio.

Uma consequência desse episódio já ia, no âmbito familiar. A minha tia Naninha, mulher do tio Ananias, ficou tão preocupada com este acontecimento, mesmo porque no dia seguinte, algumas pessoas eram de opinião que devia ter havido uma resposta violenta do meu tio. O Cel. Hermenegildo Furtado que morava vizinho a ele e não tinha ouvido nada, não tinha percebido nada, foi logo de opinião que o tio Ananias devia ter respondido com bala e a minha tia Naninha ficou nervosa e pediu ao tio Ananias que saísse daquela casa e viesse morar mais no centro da cidade. A casa não era longe do centro, mas era um pouco afastada. Isto fez com que o tio Ananias comprasse, adaptasse e reformasse a casa da rua 7 de Setembro 1097, onde ele morou o resto da vida e que hoje é o museu que tem o seu nome. “Museu Comendador Ananias Arruda”.

Apenas para encerrar este depoimento eu tenho que dizer que o coletor estadual, que tomou parte deste lamentável episódio, chamava-se Casemiro Pinto Nogueira e seu filho chamava-se Júlio Pinto Nogueira.  Os dois foram levados para Fortaleza, presos pelo Capitão Cordeiro Neto, depois que este concluiu o inquérito policial que veio instaurar em Baturité e eu não sei que fim eles levaram. Acredito que o coletor, que nunca mais apareceu em Baturité, tenha sido demitido pelo governador e pelo Secretário da Fazenda que era o Sr. Plácido Castelo, ou removido para um município muito distante.  Do filho dele, também não tenho notícias. Depois de passados tantos anos, eu não sei o que dele foi feito.

Aqui encerro este meu primeiro depoimento. São 11h da noite do dia 8 de outubro de 1991.

São 8:30h da noite do dia 14 de outubro de 1991. Eu aproveito o resto da fita cassete para fazer uma complementação dos episódios que já foram relatados.

Gostaria de repetir que o episodio da cantoria que ocorreu na porta da casa do Sargento Sebastião (delegado de polícia), na porta da casa do tio Ananias e na porta da casa do meu pai, ocorreu na madrugada da Quarta-Feira de Cinzas, do dia 10 de fevereiro de 1937.

Um detalhe que não me ocorreu na ocasião do relato deste episódio e que me foi lembrado pela minha irmã Livramento é que minha mãe, quando ao meu lado abriu a janela e enfrentou os elementos que estavam cantando injurias e calunias na porta da casa de meu pai, empunhava um sapato. Era a única arma que tínhamos na ocasião para enfrentar estes agressores verbais da nossa família".


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

REUNIÃO DO PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO COMENDADOR ANANIAS ARRUDA COM O MINISTÉRIO PÚBLICO

Ontem, dia 28/10/2021, quinta-feira, uma comitiva composta por membros da família Arruda esteve em Baturité-CE para uma audiência com o Ministério Público a fim de adequar a Fundação Comendador Ananias Arruda a uma nova personalidade jurídica, ou seja, uma Associação.   


Abaixo, nota  do presidente da Fundação CAA, Comandante Raimundo Luiz Furtado de Arruda

A Reunião com o Ministério Público foi o primeiro passo para a adequação da nossa convenção para uma associação. 

De acordo com os entendimentos na reunião extra judicial de hoje, os nossos advogados vão preparar um requerimento com a nossa solicitação,  visando gerar um documento para o cartório, receita Federal e BB,  que poderá ser expedido pelo MP, após  criteriosa análise.

                   No Museu Comendador Ananias Arruda
Da esquerda pra direita: João Gabriel, Claudia Danielle, Claudia, Ana Catarina, Raimundo Luiz, Ana Margarida, Angela e Sinval

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

ESTATUTO DA FUNDAÇÃO COMENDADOR ANANIAS ARRUDA E BALANCETES 2018, 2019 e 2020

 

ESTATUTO DA "FUNDAÇÃO COMENDADOR ANANIAS ARRUDA" - FCAA

CAPÍTULO I

 Da Natureza, Sede, Duração e Finalidades

Art. 1° - A "Fundação Comendador Ananias Arruda", cuja sigla será FCAA, é uma entidade particular sem fins lucrativos, NÃO DISTRIBUINDO LUCROS OU DIVIDENDOS AOS SEUS ASSOCIADOS, MANTENEDORES OU DIRETORES SOB NENHUMA FORMA OU PRETEXTO.

Art. 2° - A FCAA terá sede à Av. 7 de Setembro, n° 1097, na cidade de Baturité, Estado do Ceará, na casa onde residiu por muitos anos, o Comendador Ananias Arruda, doada por este a suas filhas adotivas Rocivalda Cavalcante Comaru e Luiza Altair do Monte Comaru, e transacionada por estas com o Sr. Raimundo Arruda, irmão do mesmo, que a doara à fundação.

Art. 3° - A duração da FCAA será ilimitada, como também o número de seus associados.

Art. 4° - A FCAA terá finalidades exclusivamente culturais e educacionais de interesse social e, para tanto, deverá:

I - Criar o museu "Comendador Ananias Arruda" a ser instalado no edifício de sua sede social, à Av. 7 de setembro, n° 1097, em Baturité, Ceará;

II - Manter em circulação o jornal "A VERDADE", fundado a 8 de abril de 1917, em Baturité, Ceará, pelo mesmo Comendador Ananias Arruda;

III - Promover, sempre que possível, cursos, conferências, exposições, simpósios e outras quaisquer atividades culturais e educacionais sempre dentro de suas finalidades.

 

CAPITULO II

 Dos Recursos Financeiros

Art. 5° - Para cumprir os seus objetivos, a FCAA utilizará contribuições de seus associados, donativos de particulares e subvenções e auxílio dos poderes públicos, bem como de quaisquer outras entidades que o quiserem fazer. Poderá, outrossim, promover atos e campanhas populares de natureza variada, para angariação de recursos financeiros necessários à sua manutenção, inclusive patrocinando exposições e simpósios e o lançamento de obras culturais, artísticas, literárias, científicas e históricas.

CAPÍTULO III

 Da Administração

Art. 6° - A FCAA será administrada por uma Diretoria composta por:

um (1) Presidente que seerá também o Diretor do Museu e do jornal "A VERDADE";

um (1) Vice-Presidente;

um (1)  Secretário-tesoureiro.

Art. 7° - A Diretoria será eleita para um período de quatro (4) anos¹, permitidas as reeleições, sendo que o mandato de sua primeira Diretoria encerrar-se-á a 31 de janeiro de 1984.

Art. 8° - A FCAA contará ainda com quatro (4)² Presidentes de Honra, vitalícios, e um (1) Conselho Superior composto de vinte (20) membros chamados Conselheiros, também vitalícios, representantes dos dez (10) ramos familiares, consanguíneos e afins, diretamente ligados à pessoa do Comendador Ananias Arruda

Art. 9° - Os membros da Diretoria, os presidentes de Honra e os
conselheiros exercerão seus mandatos  "pró honore".

 

¹ Alteração aprovada na 9° Assembleia Geral Ordinária de 11/02/2001

² Alteração aprovada na 8° assembleia geral ordinária de 25/01/1998

 

Art. 10° - Compete ao Presidente da FCAA:

I - Presidir as reuniões da Diretoria e as Assembleias Gerais;

II - Dirigir e superintender as atividades da FCAA, do Museu e do jornal "A VERDADE", inclusive contratando os serventuários necessários à execução dos seus serviços,

III - Representar a FCAA em juízo ou fora dele, ativa e passivamente;

IV - Dirigir as atividades financeiras da FCAA promovendo o recebimento e a arrecadação de suas verbas e executando as despesas necessárias à manutenção e funcionamento de seus órgãos, movimentando contas bancárias e assinando, juntamente com o Secretário-Tesoureiro, cheques e demais documentos de responsabilidade financeira;

V - Convocar as Assembleias Gerais ordinárias, quadrianuais, que se reunirão em sua sede social, sempre que possível, no último domingo de janeiro, a partir de 1984, e as extraordinárias para tomar decisões sobre assuntos importantes não previstos neste estatuto, convocadas com, no mínimo, quinze (15) dias de antecedência;

VI - As Assembleias Gerais ordinárias terão por finalidade precípua a aprovação do Relatório quadrianual das atividades da FCAA apresentado pela Diretoria, a realizar a sua eleição ou reeleição para o quadriénio seguinte.

Art 11° - Compete ao Vice-Presidente:

I - Substituir o Presidente em suas ausências e por vacância, ocorrência em que completará o mandato respectivo;

II - Prestar ao Presidende a assistência e a colaboração que estiverem ao seu alcance.

Art. 12° - Compete ao Secretário-Tesoureiro:

I - Lavrar as atas das reuniões da diretoria e das Assembleias Gerais ordinárias e extraordinárias, sendo responsável pela guarda e conservação do livro competente;

II - Manter em boa ordem os documentos da receita e despesa e em dia a escrituração contábil da FCAA de que é responsável, podendo, para tanto, ser auxiliado por um (1) Profissional contratado pelo Presidente;

III - Assinar, com o Presidente, cheques bancários e os demais documentos financeiros da FCAA;

IV - Prestar ao Presidente a assistência e a colaboração que estiverem ao seu alcance.

 

Art. 13° - Compete aos Presidentes de Honra e ao Conselho Superior da FCAA assessorar a Diretoria sempre que se fizer necessário.

 

CAPÍTULO IV

Do Património

Art. 14° - Constituem património a FCAA:

I - O prédio de sua sede, à Av. 7 de setembro, n° 1097, com fundos correspondentes para a Rua 15 de novembro, na cidade de Baturité, Estado do Ceará, recebido por cessão de Rocivalda Cavalcante Comaru e Luiza Altair do Monte Comaru, e doação, mediante escritura pública, de Raimundo Arruda e sua mulher Noemy Távora de Assis Arruda;

II - Os fundos arrecadados e provenientes das fontes mencionadas no Art. 5° e qualquer outra espécie de renda;

III - O acervo proveniente da cessão, doação, entrega e guarda incorporado ao Museu "Comendador Ananias Arruda" e o material gráfico pertencente ao jornal "A VERDADE" recebido por doação de Rocivalda Cavalcante Comaru, herdeira, por testamento público, do Comendador Ananias Arruda;

IV - Quaisquer outros bens móveis e imóveis adquiridos ou recebidos por doação de entidades públicas ou particulares.

CAPÍTULO V

Disposições Gerais e Transitórias

Art. 15° - O ano social coincidirá com o ano civil.

Art. 16° - Este Estatuto só poderá ser reformado, no todo ou em parte, mediante aprovação de uma Assembleia Geral ordinária ou extraordinária, convocada pelo Presidente, que funcionará na data fixada na convocação para sua reunião, e que deliberará com qualquer número de associados presentes ou representados mediante documento escrito e assinado, aceitando-se, como tal, não só procurações públicas ou particulares, como também cartas e telegramas, e que estejam em dia com suas obrigações sociais.

 

Art. 17° - As Assembleias Gerais terão poderes plenos e absolutos, inclusive, se for o caso, quanto à dissolução da entidade e ao destino a ser dado ao seu património social.

Baturité, Ceará, em 27 de junho de 1981

ANEXO AO "ESTATUTO DA FUNDAÇÃO COMENDADOR ANANIAS ARRUDA"

 


FCAA

Presidente:

Vice-Presidente:

Secretário-Tesoureiro::

 1° Presidente de Honra: Presidente de Honra: 3° Presidente de Honra: 4°  Presidente de  Honra:

DIRETQRIA QUADRIÉNIO 2021-20253

Raimundo Luiz Furtado de Arruda                                  Eurico Flávio Távora Arruda            Claudia Lima Arruda

PRESIDÊNCIA DE HONRA

Raimundo Arruda                                Noemy Távora de Assis Arruda         Rocivalda Cavalcante Comaru          Miguel Edgy Távora Arruda

CONSELHO SUPERIOR


Composto de vinte (20) membros (conselheiros), vitalícios., representantes dos dez (10) ramos familiares, consaguíneos e afins., diretamente ligados à pessoa do Comendador  Ananias Arruda, sendo dois (2) representantes de cada família:


Pêlos Teles Arruda : Pêlos Proença Arruda: Pêlos Coelho Arruda: Pêlos Soares Arruda: Pêlos Arruda Furtado:

Pêlos Alberto Arruda: Pêlos Távora Arruda:

Pêlos Vasconcelos:


Pé. José Teles Arruda e Francisco Teles Arruda; José Proença Arruda e Maria Esther Arruda Barata; João Coelho Arruda e Paulo Coelho Arruda;

Luiz Soares Arruda e Carlos Augusto Soares Arruda;

Miguel de Arruda Furtado e Maria Sulita Furtado Jorge de                                Souza;

Miguel Alberto Arruda e Maria Filomena Martins Arruda;

Clemente Olinto Távora Arruda e Maria Julieta Távora Arruda Monteiro;

Pé. Domingos Rodrigues de Vasconcelos e Moisés Rodrigues de Vasconcelos;


        Pêlos Cândido dos Santos:         Manuelito Cândido dos Santos e Raimundo Ivo dos Santos

         Oliveira;

        Pêlos Cavalcante Comaru:         Clodomir Cavalcante Comaru e Luiza Altair do monte

                                                                        Comaru.

                                                            

                            FUNDAÇÃO COMENDADOR ANANIAS ARRUDA

                                         BALANCETE FINANCEIRO DE 2018

 

                              RECEITA PERÍODO DE 1°  DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2018

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

   DESPESAS DE 1° DE JANEIR0 A 31 DE DEZEMBRO DE 2018


FAMÍLIA DE EURICO TÁVORA ARRUDA .............................. R$     8.400,00

ANA MARGARIDA F. ARRUDA ROSEMBERG ....................... R$     6.350,00

RAIMUNDO LUIZ FURTADO DE ARRUDA ............................. R$     4.975,60                                                                  

CLEIDE MARIA FURTADO ARRUDA PIRES ........................... R$       600,00

MARIA GORETTI FURTADO ARRUDA ..................................... R$       260,00

RENDIMENTO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA ....................... R$       157,08

VISITANTES DO MUSEU ............................................................... R$         71,00

 

 

 

RECEITA DE 2018 ....................................................................  R$    20.813,68

 

FOLHA DE PAGAMENTO DE PESSOAL ............................. R$  15.320,00

MATERIAL DIVERSO E GERAL ........................................... R$    1.802.44

OI FIXO – TELEFONE DO MUSEU .........................................R$      953,28

CAGECE – CONTA DE AGUA ................................................. R$      631,57

COELCE – ENERGIA ELETRICA .......................................... R$      517,79

TARIFAS BANCÁRIAS ....................... ...................................... R$     627,30

IMPOSTOS IPTU ........................................................................ R$      223,04            

DESPESA COM SERVIÇOS GERAIS...................................... R$      145,00                  

 

   

   TOTAL DAS DESPESAS ............................................. R$   20.220,42


                                                      

                     RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DE 2018


SALDO DE 2017 ...................................................................... R$     5.438,52

RECEITA DE 2018....................................................................R$   20.813,68

SALDO TOTAL ...................................................................... R$    26.252,20

TOTAL DAS  DESPESAS DE 2018  ....................................  R$    20.220,42                       

SALDO QUE PASSA PARA 2019 ......................................... R$      6.031,78             

 

DISCRIMINAÇÃO DO SALDO:

 

BANCO DO BRASIL           R$     6.031,78

ESPÉCIE                                R$           0,00


 

                  RAIMUNDO LUIZ FURTADO DE ARRUDA                EURICO FLÁVIO TÁVORA ARRUDA                          CLAUDIA LIMA ARRUDA

                                              PRESIDENTE                                                           VICE-PRESIDENTE                                        SECRETÁRIA - TESOUREIRA



FUNDAÇÃO COMENDADOR ANANIAS ARRUDA

                                    BALANCETE FINANCEIRO DE 2019

 

                              RECEITA PERÍODO DE 1°  DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2019

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                

   DESPESAS DE 1° DE JANEIR0 A 31 DE DEZEMBRO DE 2019


FAMÍLIA DE EURICO TÁVORA ARRUDA ................................ R$   8.800,00

ANA MARGARIDA F. ARRUDA ROSEMBERG ......................... R$   6.600,00

RAIMUNDO LUIZ FURTADO DE ARRUDA .............................. R$   3.288,76

VENDA DE LIVROS E CONTRIB. NÃO IDENTIFICADOS ..... R$   2.555,42                                                                    

CLEIDE MARIA FURTADO ARRUDA PIRES ............................ R$      600,00

FRANCISCO DE ASSIS GERMANO ARRUDA ..........................  R$      600,00

MARIA GORETTI FURTADO ARRUDA ...................................... R$      350,00

ANGELA MARIA FURTADO ARRUDA ........................................ R$      200,00

RENDIMENTO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA ........................ R$      188,90

VISITANTES DO MUSEU ................................................................ R$        50,00

CARLOS EURICO FURTADO DE ARRUDA ............................... R$        20,00

 

RECEITA DE 2019 ....................................................................  R$    23.253,08

 

FOLHA DE PAGAMENTO DE PESSOAL ............................. R$  15.540,00

MATERIAL DIVERSO E GERAL ........................................... R$    1.595,20

OI FIXO – TELEFONE DO MUSEU .........................................R$      397,20

CAGECE – CONTA DE AGUA ................................................. R$      684,93

COELCE – ENERGIA ELETRICA .......................................... R$      334,09

TARIFAS BANCÁRIAS ....................... ..................................... R$      770,26

IMPOSTOS IPTU ........................................................................ R$      230,98            

DESPESA COM SERVIÇOS GERAIS...................................... R$      420,00                  

 

   

 

 TOTAL DAS DESPESAS ............................................. R$   19.972,66


                                                        

                           RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DE 2019


 

SALDO DE 2018 ...................................................................... R$     6.031,78

RECEITA DE 2019....................................................................R$   23.253,08

SALDO TOTAL ...................................................................... R$    29.284,86

TOTAL DAS  DESPESAS DE 2019  ....................................  R$    19.972,66                       

SALDO QUE PASSA PARA 2020 ......................................... R$      9.312,20             

 

DISCRIMINAÇÃO DO SALDO:

 

BANCO DO BRASIL           R$    9.312,20

ESPÉCIE                                R$           0,00



 

                  RAIMUNDO LUIZ FURTADO DE ARRUDA                EURICO FLÁVIO TÁVORA ARRUDA                          CLAUDIA LIMA ARRUDA

                                              PRESIDENTE                                                           VICE-PRESIDENTE                                        SECRETÁRIA – TESOUREIRA   

   

                               FUNDAÇÃO COMENDADOR ANANIAS ARRUDA

                                          BALANCETE FINANCEIRO DE 2020

 

                              RECEITA PERÍODO DE 1°  DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2020

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           

   DESPESAS DE 1° DE JANEIR0 A 31 DE DEZEMBRO DE 2020


FAMÍLIA DE EURICO TÁVORA ARRUDA ................................ R$   9.000,00

ANA MARGARIDA F. ARRUDA ROSEMBERG ......................... R$   6.600,00

RAIMUNDO LUIZ FURTADO DE ARRUDA .............................. R$   1.983,63

ANGELA MARIA FURTADO ARRUDA ....................................... R$      800,00

EDGY EDUARDO ARRUDA PAIVA ............................................. R$      800,00

CLEIDE MARIA FURTADO ARRUDA PIRES ............................ R$      600,00

MARIA GORETTI FURTADO ARRUDA ...................................... R$      450,00

FRANCISCO DE ASSIS GERMANO ARRUDA ..........................  R$      400,00

RENDIMENTO DE APLICAÇÃO FINANCEIRA ........................ R$        38,00

 

 

RECEITA DE 2020 ....................................................................  R$    20.671,63

 

FOLHA DE PAGAMENTO DE PESSOAL ............................. R$  15.360,00

SERVIÇOS GERAIS E CARTÓRIO ......................................... R$   7.133,84

MATERIAL DIVERSO E GERAL ........................................... R$    1.478,49

TARIFAS BANCÁRIAS ....................... ..................................... R$       739,49

CAGECE – CONTA DE AGUA ................................................. R$      785,32

ENEL – ENERGIA ELETRICA ................................................ R$      467,86

IMPOSTOS IPTU ........................................................................ R$      238,54           

                

 

   

 

 TOTAL DAS DESPESAS ............................................. R$   26.203,54


                                                                 

                      RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DE 2020

 

SALDO DE 2019 ...................................................................... R$      9.312,20

RECEITA DE 2020....................................................................R$   20.671,63

SALDO TOTAL ...................................................................... R$    29.983,83

TOTAL DAS  DESPESAS DE 2020  ....................................  R$    26.203,54                       

SALDO QUE PASSA PARA 2021 ......................................... R$      3.780,29             

 

DISCRIMINAÇÃO DO SALDO:

 

BANCO DO BRASIL           R$    3.780,29

ESPÉCIE                                R$          0,00

 

                  RAIMUNDO LUIZ FURTADO DE ARRUDA                EURICO FLÁVIO TÁVORA ARRUDA                          CLAUDIA LIMA ARRUDA

                                              PRESIDENTE                                                           VICE-PRESIDENTE                                        SECRETÁRIA – TESOUREIRA