sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Por: Ananias Arruda - VISITANDO O QUERIDO MUNICÍPIO CEARENSE ONDE NASCI – SOBRAL – GRATAS RECORDAÇÕES DOS MEUS ANTEPASSADOS

Ananias e Donaninha - Baturité - 17 de setembro de 1911

VISITANDO O QUERIDO MUNICÍPIO CEARENSE ONDE NASCI – SOBRAL – GRATAS RECORDAÇÕES DOS MEUS ANTEPASSADOS

 Ananias Arruda

Às 2 e 30, do dia 12 deste mês, num V8, devidamente aparelhado com ótimo rádio, guiado pelo próprio dono e hábil chaufeur Waldemar Silva, parti de Fortaleza rumo a Sobral, com minha esposa Donaninha S. Arruda, minhas filhas adotivas Rocilda e Luizinha Comaru, minha irmã Maria Adelina Arruda Furtado e minha tia Maria Elisa de Vasconcelos. Meia hora antes haviam partido, noutro automóvel, o meu irmão, Raimundo Arruda, o meu primo José Carneiro de Vasconcelos, funcionário da R.V.C. e sua filhinha Mundica. Depois de quatro horas e meia de feliz viagem chegamos a Santo Antonio do Aracati-Açu, do Município de Sobral, querida terra onde nasci. Numa vasta casa de residência do meu primo co-irmão, João Albertino de Vasconcelos, nos hospedamos.

Encontramos a localidade em festas – ruas embandeiradas e desusado movimento. Numa travessa que liga a rua principal a uma transversal, ao lado, de uma mesa que estava circulada por muitas pessoas, Manoel de Souza, honrado vaqueiro do gado do patrimônio da freguesia, em altas e entusiastas palavras anunciava à venda em leilão, vários objetos oferecidos em benefício da festa de Santo Antonio que então se celebrava. Cerveja gelada ao sereno, jerimuns de vazante, queijos do sertão e outras prendas eram arrematadas pelos fazendeiros que lá estavam.

O rádio do automóvel, anunciava a Hora do Brasil, transmitia óperas e cançonetas das estações do Rio de Janeiro, e uma bela Hora Santa, em São Paulo.

Dia seguinte, 13 de junho, festa do grande Thaumaturgo – Missa rezada às 7 horas, às nove Missa cantada pelo zeloso vigário da freguesia Revmo. Pe. Eudes Fernandes, que no Evangelho proferiu eloquente panegírico do Santo Padroeiro. Às 5 horas da tarde bem-organizada procissão percorreu as ruas da localidade. Na mesma, via-se o colégio local D. José Tupinambá, uniformizado, Escola Pública, Apostolado da Oração com seus emblemas, crianças, Senhoras e Senhoritas e muitos homens formando duas longas alas que tinham à frente a cruz processional; ao centro à frente do Padre, em bem  arranjados andores, elevavam-se as belas imagens de Santo Antonio e do Sagrado Coração de Jesus, precedidas de lindos estandartes.

Ao terminar a procissão, foi dada a Benção Solene do Santíssimo Sacramento, subindo ao ar girândolas de foguetes que espocavam a elevadas alturas, ecoando festivamente nas quebradas das serras vizinhas. O tradicional Bendito – De Lisboa, França e Itália, cantado por harmoniosas vozes femininas, no mesmo tom em que era cantado no meu saudoso tempo de criança, causando-me gratas recordações de minha infância, fechou com chave de ouro a bela festa do Padroeiro de minha amada terra natal.

Percorri com indescritível emoção a vasta casa onde nasci, construída por meu inesquecível pai Miguel de Arruda, e visitei os lugares onde passei os cinco primeiros anos de minha existência. Meditei profundamente ao ver a Pia Batismal de minha primeira Igreja Matriz, onde, a 9 de junho de 1886, fui regenerado nas sagradas águas do Batismo, tornando-me filho de Deus e da Igreja, sendo meus padrinhos Miguel Carlos Maná Rocha e Dona Maria Mont’Alverne, esposa do Cel. Antonin Mont’Alverne, então importante comerciante em Sobral, mais tarde meu padrinho de Crisma.

Às 14 horas daquele dia, acompanhados pelo Pe. Eudes, fomos visitar a fazenda Bilheira, antiga propriedade de meus saudosos avós maternos, José Rodrigues de Vasconcelos, falecido, em 1878, e Francisca Bezerra de Araújo Vasconcelos, falecida em Baturité, no ano de 1914. Na antiga casa da Bilheira, da qual ainda existe uma parte, nasceu a minha santa Mãe, Maria do Livramento Arruda, de imperecível memória. Ao lado da mesma casa existe desde aquele tempo, um frondoso tamarineiro.

Da fazenda Bilheira, por onde passa a estrada para Santa Quitéria, fomos até a Fazenda Olho d’Água, onde existem as importantes fontes termais, conhecidas por Olho d’Água do Pagé.

Dentro de baixos muros cobertos com um telhado que serve de banheiro vêem-se duas fontes dentro de dois pequenos tanques anexos, de dois metros mais ou menos por menos de um, cheias de água cristalina com pequena profundidade. O primeiro, cuja água conserva-se continuamente fria, sangra sem parar, em pequeno jorro para o vizinho, cuja água é sempre morna. Deste, a água jorra sem aumento ou diminuição de quantidade para dentro de outro tanque maior que fica fora e que serve de bebedouro aos animais. Este também sangra para o campo, desaparecendo a água, a pequena distância. Dizem os habitantes do lugar que aquelas águas, têm curado de maneira admirável muitas pessoas doentes da pele.

O governo do Estado deveria mandar fazer exame completo daquelas medicinais águas do Pajé e tratá-las com o carinho que merecem.

Santo Antonio do Aracati-Açu, importante distrito do município de Sobral e, sede de freguesia, ótimo sertão de criar no Norte do Estado, se acha em completo abandono da parte dos governos. Freguesia antiga que passou mais de sessenta anos sem vigário próprio, felizmente possui atualmente virtuoso cura o Revmo Padre Edes que com acendrado zelo trabalha pelo bem espiritual, educacional e material da feguezia, fundando colégio e associações, ensinando aos ignorantes a sã doutrina evangélica.

Lá não há telégrafo, nem siquer uma pequena agência do correio. A única escola pública que o governo mantém, está a cargo de uma professora, aliás, distinta, mas sem diploma. Santo Antonio que teve a honra de possuir como educadora a ilustrada escritora cearense Alba Valdez, não tem hoje, depois de muitos anos, quando o Ceará tem progredido admiravelmente, uma professora nem da quarta infância.

Ao Exmo. Sr. Dr. José Martins, M.D. Secretário do Interior e Justiça, em nome das famílias de minha terra, peço para Santo Antonio uma professora diplomada, inteligente e dedicada que lá estabeleça o ensino de acordo com a pedagogia moderna.

No Aracti-Açu não houve inverno este ano – os seus campos estão desprovidos de pastagens; os gados magros e em grande parte doentes de aftosa. Nada fez ainda o governo em benefício daquele povo bom, trabalhador e sofredor.

Peço permissão ao Exmo. Sr. Dr. Menezes Pimentel, D. Governador do Estado para dizer a S. Excia. que é mister mandar construir, com máxima urgência a estrada de rodagem de Patos a Santa Quitéria, passando por Santo Antonio, aproveitando a estrada atual pela qual trafegam ainda que com alguma dificuldade, caminhões em transporte de algodão, oiticica e outros produtos, dando assim trabalho aquele povo e matando a fome a muita gente. É mister também que o Senhor Governador consiga a criação de uma agência do Correio para lá, de acordo com um pedido feito pelos comerciantes e criadores de Santo Antonio em abaixo assinado, com firmas reconhecidas em número de 75, por mim encimado ao Diretor Regional dos Telégrafos e Correios por intermédio do Senador Edgard Arruda.

Dentre os operosos habitantes de Santo Antonio, destacam-se no comercio e na pecuária os Srs. Gabriel Porfirio Cavalcante, João Martins, Estelita de Vasconcelos, João Albertino de Vasconcelos, Israel Vasconcelos e outros que lá construíram confortáveis prédios onde residem e negociam. O Sr. Gabriel construiu grande parte de um moderno mercado que lá existe.

No dia 14, às 16 horas, partimos de Santo Antonio para Sobral, lá chegando às 7 horas. Na sede do Município, a cidade capital da zona norte do Estado, nos hospedamos na casa do meu primo afim o Sr. Manoel Rios, à rua Santo Antonio. Assistimos a missa na Sé, às 9hs. Visitamos o Exmo. Sr. Dom José Tupinambá ilustrado Bispo diocesano e Colégio Santa Inês, importante educandário das abnegadas Irmãs de Santana.

O zelo apostólico de Dom José, que fundou o Seminário e o Liceu, modelares educandários sobralenses, estabeleceu o referido Colégio Santa Inês no confortável Paço Episcopal mudando sua residência para outro edifício menos confortável. Percorremos a cidade e visitamos muitos parentes e amigos.

Às 16 horas partimos para Massapê, moderna cidade construída e habitada por amados parentes meus. Lá nos hospedamos na casa de minha tia paterna Rachelina Arruda Ponte. Visitamos a cidade e numerosos parente dentre os quais o deputado João Ponte e Exma. Família que nos acolheram com carinho.

No dia seguinte, fui até o “Oiticará”, antiga fazenda de meus avós, distante uma légua de Massapê e duas de Sobral. Lá encontrei o lugar da casa onde nasceu meu extremecido pai.

Às 11 ½ partimos para Sobral, chegando às 12 ½, almoçamos, visitamos alguns parentes, a importante fábrica de tecidos do Dr. José Saboia e, às 16 horas regressamos a Fortaleza, onde chegamos às 8 ½ da noite, tendo demorado meia hora em São Francisco, trazendo todas saudosas recordações da excursão.

Terminando esta simples notícia da vigem que fiz a minha querida terra, devo dizer que Sobral, a grande, bonita e tradicional cidade, sede de Bispado, centro comercial e industrial deve ser tratada com mais carinho pelo novo governo municipal que ora inicia.

Baturité, 20-6-36

Ananias Arruda

Texto publicado no Jornal "A Verdade" de 23 de maio de 1986

Abaixo














quarta-feira, 27 de setembro de 2023

COMENDADOR ANANIAS ARRUDA - Por: Raimundo Luiz Furtado de Arruda

 

Comendador Ananias Arruda aos 90 anos de idade

COMENDADOR ANANIAS ARRUDA

Raimundo Luiz Furtado de Arruda

Ananias Arruda chegou a Baturité, com 5 anos de idade, emigrou de Aracati-Açu, na época município de Sobral, sua cidade natal, mas adotou Baturité como seu rincão e fez desta terra sua grande paixão. 

Tive o privilégio de conviver com o Comendador, pois com apenas cinco anos de idade, tangido por um impulso inato, me apresentei ao tio Ananias, e, a partir daí, passei a conviver com ele por alguns anos. Foi uma experiência fantástica em minha vida. Fui testemunha ocular do homem excepcional que foi Ananias Arruda. Sua capacidade de trabalho, seu tirocínio e sua visão estratégica da vida me fascinavam. 

Absolutamente nada de importante existia em Baturité, que não tivesse origem na sua incrível inteligência, a saber: com apenas 14 anos de idade, sob a inspiração do então vigário do município, Monsenhor Manuel Cândido dos Santos, participou, fundou e foi diretor da “Conferência Vicentina de São Luiz de Gonzaga”; um ano depois, com 15 anos, ainda estudante, foi indicado pelo mesmo vigário, para ser professor e, posteriormente, diretor da “Escola Paroquial do Menino Deus”, para crianças pobres.

Em 1902, concluiu seu curso de humanidades e decidiu voltar-se para atividades empresariais, que iniciara com apenas 16 anos, com sua participação nas empresas, Antônio & irmãos e Arruda & filhos, tendo como sócios seus irmãos Antônio, José e Vicente e seu pai. 

Em 1904, com 18 anos, fundou o “Círculo Católico de Baturité”, entidade cultural e de doutrinação. Homem de princípios religiosos muito fortes, teve Ananias uma profícua atividade social e religiosa e, até o fim dos seus dias, fez cumprir o preceito evangélico de vestir os nus, dar de comer aos que têm fome, dar de beber aos que têm sede e visitar os encarcerados.

Casou-se a 17 de setembro de 1911, com Ana Custódio dos Santos (Donaninha), com quem viveu por quase 30 anos em perfeita união conjugal. 

Em 8 de abril de 1917, fundou o Jornal “A VERDADE”, de circulação e distribuição inteiramente gratuita, sendo seu editor e redator-chefe. 

Em 1918, ajudou financeiramente na reforma da Igreja Matriz desta cidade. Em 1924, participou ativamente da fundação do Círculo de Operários e Trabalhadores Católicos São José e Maria Imaculada, que funciona até nossos dias. 

Foi mentor, articulador, e participou administrativa e financeiramente da construção da Escola Apostólica dos Padres Jesuítas, que viu inaugurada, em 1927. 

Consequência de sua luta, esforço e dedicação, viu fundado, em 1930, o "Colégio Salesiano Domingos Sávio” e, em 1932, o “Instituto Nossa Senhora Auxiliadora” das Irmãs Salesianas.

 Iniciou sua carreira política com a criação da LIGA ELEITORAL CATÓLICA (LEC), por orientação da cúria metropolitana de Fortaleza. Foi nomeado Prefeito de Baturité, em 6 de junho de 1935, pelo então Governador Menezes Pimentel e, em 29 de março de 1936, foi eleito por sufrágio popular com expressiva votação. 

O Golpe de Estado de 1937 decretou uma nova ordem constitucional e dissolveu os poderes legislativos passando os prefeitos a serem escolhidos pelos governadores. A propósito deste episódio, lembro-me em especial de um comentário que ouvia quando criança: por ocasião da ditadura Vargas, foi determinada uma auditoria em todos os municípios e algo interessante aconteceu em Baturité, os auditores se surpreenderam ao verificar que diversas obras da cidade foram concluídas com recursos particulares do prefeito. Por isso, não era de se estranhar, que o governador o mantivesse no cargo até sua renúncia, em 2 de maio de 1943, quando sua extrema honestidade via incompatibilidade entre administração Municipal e sua atividade comercial, por ter ganhado em licitação pública, o direito de fornecer lenha para órgãos do Estado. 

Foram inúmeras suas obras como administrador público. Cito apenas algumas: reconstrução da ponte do Pompeu; reversão antecipada das Empresas de Luz e Água, assumidas pela prefeitura; perfuração de poços profundos e construção de diversos chafarizes visando minorar os problemas causados pela seca de 1937; construção de diversos grupos escolares e postos de saúde; inauguração da “Vila São Vicente de Paula”, para abrigo de indigentes e pobres abandonados; inauguração da “Vila São José”, para operários e trabalhadores pobres; implantação da empresa telefônica da cidade; instalação da agência dos comerciários. 

Mesmo fora da Prefeitura, Ananias Arruda continuou trazendo grandes obras para a cidade, a saber: construção da “Maternidade Maria Felícia Ribeiro”; do “Hospital José Pinto do Carmo”. 

Ananias foi mentor e construtor da “Via Sacra Pública”, com 365 degraus; arquitetou a construção da “Escola de Artes Donaninha Arruda”; participou ativamente da construção do prédio do “Colégio Comercial”. 

Em 1967, teve um de seus inúmeros sonhos concretizados, a colocação da majestosa Imagem de Nossa Senhora de Fátima, no topo da serra a abençoar a cidade.

Em 1952, foi agraciado com os títulos de Cavaleiro das Ordens de São Gregório e São Silvestre, conferidas por sua Santidade o Papa Pio XII. 

Era assombrosa sua capacidade empresarial e comercial. Sempre que ia à Europa trazia ideias novas, como: modernas técnicas na fabricação de cerâmicas ou beneficiamento de cal. Seu amor pelo trabalho o tornou um homem rico. 

Foi jornalista, banqueiro, fazendeiro, agropecuarista, industrial, exportador e comerciante de sucesso, mas tudo que adquiriu em sua vida tinha um propósito, ajudar aos mais necessitados. 

Foi, talvez, o único brasileiro a doar parte de suas terras para agricultores pobres, fazendo a tão propalada reforma agrária. Tudo o que adquiriu em sua vida foi, paulatinamente, doando para a Igreja, para entidades filantrópicas ou para os pobres.

Ananias morreu, modestamente, em 26 de janeiro de 1980. Ananias Arruda viveu sob o signo da perseverança, do amor ao próximo e, principalmente, da paixão avassaladora que tinha por esta terra. Por isso, nós, seus parentes e amigos, não podemos esquecer o grande legado que o Comendador deixou para sua família e, principalmente, para o povo de Baturité, povo amigo e hospitaleiro do qual os ARRUDA têm o excepcional privilégio de fazer parte.

Muito OBRIGADO!

Baturité-CE / 2011

Discurso proferido por ocasião da Convenção “Os Arrudas de Baturité”


terça-feira, 26 de setembro de 2023

Exemplares do Jornal A Verdade - maio 1919

 

A Verdade - 04.05.1919 - p.1
A Verdade - 04.05.1919 - p. 2 e 3

A Verdade - 04.05.1919 - p.4


A Verdade - 11.05.1919 - p. 1
A Verdade - 11.05.1919 - p. 2 e 3

A Verdade - 11.05.1919 - p. 4
A Verdade - 18.05.1919 - p.1


A Verdade - 18.05.1919 - p. 2 e 3

A Verdade - 18.05.1919 - p.4




sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Exemplares do Jornal A Verdade - abril 1919

A Verdade - 13.04.1919 - p. 1
 A Verdade - 13.04.1919 - p. 2 e 3

 A Verdade - 13.04.1919 - p. 4 e 20.04.1919 - p.1

A Verdade - 20.04.1919 - p. 2 e 3

A Verdade - 20.04.1919 - p.4  e  27.04.1919 - p.1

A Verdade - 27.04.1919 - p.2 e 3

A Verdade - 27.04.1919 - p.4  e 04.05.1919 - p.1

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Exemplares do Jornal A Verdade - novembro 1918

A Verdade - 03.11.1918 - p.1
A Verdade - 03.11.1918 - p.2
A Verdade - 03.11.1918 - p.3
A Verdade - 03.11.1918 - p.4
A Verdade - 10.11.1918 - p.1
A Verdade - 10.11.1918 - p.2
A Verdade - 10.11.1918 - p.3
A Verdade - 10.11.1918 - p.4
A Verdade - 17.11.1918 - p.1
A Verdade - 17.11.1918 - p.2
A Verdade - 17.11.1918 - p.3
A Verdade - 17.11.1918 - p.4
A Verdade - 24.11.1918 - p.1
A Verdade - 24.11.1918 - p.2
A Verdade - 24.11.1918 - p.3
A Verdade - 24.11.1918 - p.4

Exemplares do Jornal A Verdade - outubro 1918

A Verdade - 16.10.1918 - p.1

 


A Verdade - 16.10.1918 - p.2


A Verdade - 16.10.1918 - p.3


A Verdade - 16.10.1918 - p.4