quinta-feira, 5 de outubro de 2023

TRÊS COPISTAS DA FAMILIA ARRUDA

Miguel de Arruda (1849 -1923)

TRÊS COPISTAS DA FAMILIA ARRUDA

Por: ana margarida furtado arruda rosemberg

Segundo o “Dicionário Michaelis”, copista é aquele que copia ou transcreve um texto por escrito; pessoa que, antes do advento da imprensa, transcrevia manuscritos. 

A palavra “amanuense”, do latim amanuensis,ab manu” (à mão), se refere aquele que faz cópia de textos ou documentos à mão. O amanuense é, vulgarmente, usado para o escriturário de uma repartição pública que registra manualmente documentos.

No Antigo Egito, os copistas, conhecidos como “escribas”, usavam “papiro” para seus escritos. O "pergaminho", peles tratadas de carneiros ou cabras, foi a base utilizada pelos monges medievais que desenvolveram a arte de copiar livros com penas de ganso. As cópias de livros decoradas com pinturas, pelos referidos monges, pertencentes ao seleto grupo de pessoas que sabiam ler e escrever, eram obras de arte raras e caras.

Os escritos da Antiguidade nos foram legados pelo árduo trabalho de transcrever manuscritos, no interior dos mosteiros, em um quarto chamado scriptorium, daí a terminologia com significado da palavra escritório.

No final da Idade Média e começo do Renascimento, com a introdução do papel, invenção chinesa barata e abundante, e a invenção da imprensa pelo alemão Johannes Gutenberg (1400- 1468), os copistas tradicionais perderam espaço, mas não desapareceram.

Há, também, copistas de obras de arte, como: pinturas, gravuras e esculturas. Muitos gênios da pintura, como Caravaggio, aprenderam o ofício copiando seus mestres. Os museus do Louvre e d’Orsay, em Paris, são famosos pelos seus copistas.

Na família Arruda do Ceará, três descendentes de Amaro José de Arruda (c.1770 - 1832), o “Patriarca de Oiticará”, fizeram o papel de copistas quando transcreveram textos escritos por João José de Arruda (1812-1878), filho de Amaro José, e Miguel Arcanjo (1849-1923), neto da Amaro José; a saber: Ananias Arruda (1886-1980), Miguel Edgy Távora Arruda (1919-2010) e Ana Margarida Furtado Arruda Rosemberg (1950).

Transcrevi, Ipsis litteris, textos publicados pelo historiador Miguel Edgy Távora Arruda, nos anexos de sua genealogia “Os Arrudas de Baturité”, 1976.

São dois textos transcritos por Ananias Arruda (primeiro copista), em 1918 e 1919. O texto nº1, transcrito, Ipsis litteris, com caneta tinteiro, do livro de notas escrito pelo próprio punho de seu pai, Miguel de Arruda, a bico de pena. O texto nº2, transcrito, também, Ipsis litteris, com caneta tinteiro, de anotações deixada pelo seu avô, João José, a bico de pena.

Esses textos foram transcritos por Miguel Edgy Távora Arruda (segundo copista), Ipsis litteris, em 1976, datilografados, e publicados em seu livro de genealogia, referido acima.

Eu, ana margarida furtado arruda rosemberg (terceira copista), transcrevi os textos, Ipsis litteris, usando o editor de textos Word, hoje, 05.10.2023, e postarei amanhã no blog do Museu Comendador Ananias Arruda.

ana margarida furtado arruda rosemberg

Fortaleza, 5 de outubro de 2023

Ananias Arruda (1886-1980)

Miguel Edgy Távora Arruda (1919-2010)

ana margarida furtado arruda rosemberg (1950)

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